O real estate global é um mercado avaliado em $ 10,5 trilhões de dólares, segundo a última pesquisa pública disponibilizada pela MSCI (NY/USA). É um setor extremamente forte que abrange cerca de 56% da riqueza global e tem-se uma expectativa de que o setor continue a crescer.
Construímos este artigo para ampliar a visão sobre o termo real estate e mostrar que ele é muito mais amplo do que apenas a ideia de "compra e venda" ou "locação residencial". Para gestores de real estate corporativo e gestores financeiros, o foco está na gestão de ativos, na otimização de custos e no controle de contratos.

Neste artigo vamos tratar os diversos aspectos do real estate e focar na complexidade da gestão no mercado brasileiro:
- Real estate ou mercado imobiliário.
- Tipos e classificações.
- Os desafios da gestão de ativos imobiliários no Brasil.
- O futuro do setor e a tecnologia LocXRE.
Tenha uma boa leitura.
Real estate ou mercado imobiliário?
O termo "real estate" é a versão em inglês para "Propriedade Real" em tradução literal. Ele foi registrado pela primeira vez na década de 1960 para fazer referência a uma propriedade ou um terreno físico adquirido.
Aqui no Brasil, a tradução literal ("Propriedade Real") não é utilizada no nosso dia a dia, mas é o mesmo que dizer “Imóveis” ou “Bens Imobiliários”. Já nos países de língua inglesa, o real estate também é utilizado para se referir ao mercado imobiliário.
Formado por corretores, clientes, investidores, negociação de terrenos, casas, apartamentos, prédios e outras construções, o real estate enquadra os diferentes tipos de imóveis em cinco categorias.

Os principais tipos de Real Estate
Residencial
Imóveis residenciais incluem qualquer propriedade que as pessoas chamam de lar. Isso inclui casas, apartamentos, condomínios, cooperativas ou qualquer outro tipo de residência. Refere-se também a novas construções e à revenda de casas já existentes.
Comercial
Imóveis comerciais se aplicam a qualquer propriedade usada para fins comerciais, como lojas de varejo, escritórios, restaurantes, shopping centers, hospitais, entre outros. Prédios de apartamentos também se enquadram nessa categoria no sentido de que geram renda comercial para seus proprietários. Este é o setor de atuação da LocX, focado na gestão estratégica do real estate comercial.
Industrial
Os imóveis industriais incluem fábricas, minas, campos de petróleo, usinas de energia, armazéns ou qualquer outra propriedade usada para pesquisar, desenvolver, fabricar, produzir, armazenar ou distribuir bens e serviços.
Propósito especial
Imóveis e propriedades usadas pelo setor público. São propriedades do governo, como prédios federais ou municipais, parques e escolas públicas, cemitérios e outros espaços públicos.
Terra
Quando se trata do imóveis do tipo "terra", refere-se a uma ampla faixa de propriedade vazia, incluindo terrenos baldios, florestas ou qualquer terra usada para fins agrícolas, como fazendas, pastagens. Terrenos vagos podem ser considerados imóveis desenvolvidos ou não desenvolvidos.
O Real Estate no Brasil
No Brasil, o processo de distribuição e negociação de propriedades imobiliárias se iniciou em 1530, de maneira informal, desigual e concentradora.
Somente após a Proclamação da República em 1889, deu-se início ao crescimento imobiliário brasileiro, mas com muitas limitações ainda. Podemos dizer que o mercado imobiliário como setor organizado na economia brasileira começou apenas em 1964.
Atualmente, o Real Estate brasileiro é um mercado que já representa cerca de 7% do PIB nacional, com dezenas de atividades econômicas em andamento e amplas categorias - de construção civil até a gestão imobiliária corporativa - sendo a mais forte a Residencial.

Os desafios do real estate comercial: da transparência à tecnologia
Mesmo com a expansão global do Real Estate diante da pandemia do COVID-19, o Brasil teve uma queda de -13,1% em tamanho de mercado de 2019 para 2020. Isso trouxe a tona uma grande tendência para 2021 - que se estende a 2022 - que é a busca dos investidores por retorno em todas as categorias de Real Estate.
E, ainda assim, investir nesse mercado buscando um aumento no fluxo de dinheiro investido em um mundo pós-pandemia vai exigir algumas mudanças. As restrições, como a quarentena acelerou, uma mudança cultural que já estava em andamento no varejo e nos escritórios corporativos. As empresas em todo o mundo perceberam que muitos trabalhos podem ser feitos remotamente sem perda acentuada de produtividade. E isso, no mercado imobiliário, leva a ascensão de uma força de trabalho mais flexível, que pode se traduzir em contratos de aluguel mais curtos e áreas menos ocupadas.
Além disso, a quarentena forçada teve implicações na receita de aluguel, que está sob pressão devido aos problemas financeiros dos inquilinos. No longo prazo, a incerteza sobre os fluxos de renda de aluguel pode afetar a capacidade dos proprietários de imóveis expandir sua carteira imobiliária.
A lista de desafios do mercado não para por aí e inclui o risco climático. Os governos continuam a implementar regulamentações para reduzir as emissões de carbono e cumprir as metas globais, o que provavelmente aumentará a pressão sobre os proprietários para que façam sua parte. Afinal, o setor imobiliário contribui com cerca de 30% das emissões de gases de efeito estufa, de acordo com a Agência Internacional de Energia, metade dos quais vem de propriedades comerciais.
Voltando ao mercado Brasileiro, ainda há o desafio em relação à transparência do mercado. Como dito no início deste tópico, a regulação e organização do mercado imobiliário é muito recente e um dos problemas identificados pela MSCI foi a transparência de dados das propriedades e imóveis.

Nosso mercado é estimado em $ 45 bilhões de dólares e, ainda assim, não é possível ter uma base de dados consistente e regulações claras por região, o que dificultam, por exemplo, estimar com precisão os principais fluxos de investimento nas categorias imobiliárias.
Mesmo assim, com a volta da confiança no mercado e expectativa de crescimento do Real Estate Global até 2027, esperamos que o Brasil acompanhe o resto do mundo na crescente.
A tecnologia como fator de sucesso na gestão de real estate
O futuro do real estate aponta diretamente para a tecnologia. Investidores e CEOs de renome global, como Than Merrill, apontam que inovações como inteligência artificial e blockchain afetarão muito os tempos de transação e a organização do setor.
Enquanto o mercado se prepara para a próxima onda de disrupção, a gestão de ativos imobiliários demanda ferramentas que ofereçam:
- Centralização de informações: A dependência de planilhas para gerir contratos imobiliários diminui drasticamente a eficiência operacional. A tecnologia deve centralizar o ciclo de vida dos contratos, do financeiro ao legal.
- Automação de prazos e compliance: A tecnologia com IA (Inteligência Artificial) deve auxiliar na importação de contratos e garantir o controle de prazos de reajuste e renovação, minimizando o risco de compliance.
- Inteligência para decisão: O uso de dashboards e relatórios dinâmicos é fundamental para transformar dados brutos em inteligência acionável, como a visualização do custo de ocupação e dos principais indicadores.
A chave para o sucesso é adotar uma solução que una metodologia experiente e tecnologia própria para simplificar a complexidade da gestão de imóveis comerciais.
Conclusão: a gestão de real estate com foco em resultados
O mercado de real estate comercial é complexo e enfrenta desafios estruturais no Brasil, exigindo precisão e adaptação constante. O sucesso neste cenário não está apenas na qualidade do investimento inicial, mas na eficiência da gestão contínua de ativos.
Para mitigar os riscos de transparência, controlar a volatilidade de custos e adaptar-se às novas demandas do mercado, é fundamental que a gestão de seu portfólio seja suportada por metodologia especializada e ferramentas tecnológicas completas.
Simplificar a complexidade é o objetivo final, garantindo que a gestão de seus imóveis seja ágil, lucrativa e livre de erros operacionais.
Perguntas frequentes
O que é real estate e qual a diferença para o mercado imobiliário?
Real estate é o termo em inglês para "Propriedade Real" , que se refere a uma propriedade ou um terreno físico adquirido. No Brasil, é sinônimo de "Imóveis" ou "Bens Imobiliários" e também é usado para se referir ao mercado imobiliário.
Por que a transparência de dados é um desafio no real estate brasileiro?
A falta de transparência de dados é um desafio histórico no Brasil, identificada em pesquisas como a da MSCI. Isso dificulta ter uma base de dados consistente e regulações claras por região, impactando a estimativa precisa de fluxos de investimento.
Como a tecnologia e a inteligência artificial (IA) afetam o futuro do real estate?
A tecnologia é o fator principal para o futuro do real estate , afetando os tempos de transação e a gestão. A inteligência artificial (IA) deve ser importante na organização, design, gerenciamento e planejamento de construções.
Qual a importância de um sistema de gestão (como o LocXRE) para o real estate comercial?
Em um mercado complexo, um sistema de gestão próprio é crucial para centralizar o ciclo de vida dos contratos e documentos , automatizar processos e transformar dados brutos em inteligência para tomada de decisão.
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